A iconografia mais antiga da área de entorno da Praça XV de Novembro, da década de 1830, na qual está visível o casarão mostra que, inicialmente, sua ocupação se dava em dupla função: era comércio no piso térreo e moradia no piso superior.
Na década de 1850, a construção foi adquirida pela Companhia de Polícia (hoje Polícia Militar), tendo mantido uma dupla função ao abrigar duas repartições públicas: um quartel no térreo e a Assembleia Provincial no piso superior. A partir da década de 1870, o prédio passou por inúmeras obras que, aos poucos, alteraram sua fachada, indo do luso-brasileiro até chegar ao padrão atual por volta de 1956.
Além da Companhia de Polícia, o prédio recebeu outras estruturas militares, como a primeira Polícia Civil (1905) chamada, naquela época, de Prefeitura de Polícia. Na metade do século XX, em 1956, deixou de sediar atividades militares e passou a ser sede do Tribunal de Contas do Estado. Alguns anos mais tarde (1976), abrigou temporariamente a Procuradoria Geral do Estado e, por último, dos anos 1990 até 2012, foi ocupado pela Federação Catarinense de Municípios (Fecam).
Na metade dos anos 1980, foi tombado como patrimônio municipal de Florianópolis. Passou a ser administrado pela Fundação Catarinense de Cultura em 2017. Entre 2019 e o início de 2022, abrigou a Galeria do Artesanato Catarinense, devido às obras de restauro da Casa da Alfândega.
(Foto: Márcio Henrique Martins / ASCOM FCC)